Os trabalhadores da Rádio Nacional de Angola decidiram esta Segunda-feira, avançar para uma greve de dez dias a partir da meia-noite da próxima segunda-feira 29 de Julho reclamando melhores condições laborais e salariais.
A decisão foi tomada durante uma assembleia de urgência convocada pelo Sindicato dos Jornalistas Angolanos onde em uníssono refeririam não ter confiança na actual administração do órgão público.
Caso não se encontre um consenso, entre o Conselho de Administração da RNA, e os Jornalistas daquela estação pública, o País poderá ficar sem os principais serviços de informação, com principal destaque aos noticiários.
E o Ministério da Comunicação Social (MCS) apela ao diálogo entre o Sindicato de Jornalistas Angolanos (SJA) e o Conselho de Administração da Rádio Nacional de Angola (RNA), para chegarem a entendimento e evitarem eventual greve marcada para o dia 29 deste mês.
Segundo uma nota do MCS, enviada, nesta segunda-feira, à Angop, em Luanda, o Ministério da Comunicação Social manifesta total empenho para continuar a exercer o seu papel conciliador entre as partes, no estrito cumprimento da lei e das suas responsabilidades orgânicas.
Para tal, o MCS, enquanto órgão de tutela, orientou a RNA a criar uma comissão de reclamações, com a participação de um representante do sindicato e do Ministério da Comunicação Social, para avaliar e decidir sobre as reivindicações apresentadas.
O MCS tomou conhecimento sobre a declaração de greve na RNA assinada pela Direcção do SJA, após assembleia de trabalhadores realizada hoje, na sequência de uma convocatória datada do dia 20 deste mês.
A referida declaração alega, como fundamentos da greve, uma suposta “falta de confiança dos trabalhadores com o actual Conselho de Administração da Radiodifusão Nacional de Angola”.
O MCS recorda à opinião pública que, no em Maio deste ano, o Conselho de Administração da RNA chegou a um acordo com o SJA em relação ao caderno reivindicativo então apresentado com um total de dez pontos.
Um dos pontos principais deste caderno reivindicativo era referente ao reajuste salarial, entretanto viabilizado, com grande sacrifício, pelo Estado, enquanto accionista único.
A implementação deste reajusto causou algumas incongruências, compreensíveis em qualquer processo idêntico, que deram azo a várias reclamações legítimas dos trabalhadores.
O MCS lamenta que o SJA se recuse a contribuir para a análise objectiva e séria das reclamações dos trabalhadores, preferindo radicalizar a sua posição e incitando os mesmos a uma greve completamente injustificada.
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