Vinte e cinco anos depois os restos mortais do rei Kianvú Luvunga mbuia Kalumbo, do reino Bakongo Baiaká no Uíge, repousam no cemitério real em kwango kalumbo, sua terra natal.
Antes da transladação, a urna com as ossadas do monarca, esteve exposta no átrio do Comando Provincial de Protecção Civil e Bombeiros, onde membros do Governo local, familiares e amigos renderam uma homenagem e assinaram o livro de condolências.
O director do Gabinete Provincial da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos, Gomes Lino Costa, representou o governador da província do Uíge, José Carvalho da Rocha.
Na mensagem escrita no livro de condolências, Gomes Lino Costa destacou as qualidades humanas do Rei Kiamvu Luvunga Mbuya Kalumbu, que foi uma figura incontornável na vanguarda da base cultural da região, e do país, no geral. "A população do Uíge rende, uma homenagem à sua memória, até sempre nosso guardião”, escreveu na mensagem.
De acordo com o programa consultado pelo Jornal de Angola, o enterro dos restos mortais do soberano, ainda sem uma data prevista, é antecedido de vários rituais tradicionais realizados no Nganda (residência oficial do Rei) pelos "Bankanka”, membros da corte real "Bakango Bayaka”.
Os dados biográficos lidos, na ocasião, por um dos filhos, o príncipe João Mbuya, referem que o Rei Kiamvu Luvunga Mbuya Kalumbu, que faleceu por doença, aos 99 anos de idade, nasceu a 25 de Dezembro de 1900, na localidade de Nkumiti-ya Ndody, em Kuango Kalumbu, município de Kimbele. Filho de Nteba Ibula e de Katsiayi Nzumba, o malogrado conduziu os destinos do Reino de 1976 a 1999.
Reportagem de Bernardo Salumbo
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