Manifestação dos desalojados

desalojados.jpgA população dos bairros do Iraque, Bagdade e Camama que viu as suas residências serem demolidas não conseguiu chegar ao palácio Presidencial da Cidade alta.

 Os desalojados pretendiam pedir explicações ao Presidente da República sobre as demolições das suas residências e procurar saber  para onde vão agora que suas casas foram  transformadas em escombros. 

População realiza manifestação de protesto contra as demolições que acontecem no Município do Kilamba Kiaxi. Os Moradores dos bairros Iraque, Bagdade e Camama  não conseguiram chegar a  cidade Alta para pedirem explicações ao Chefe de estado.

A organização não-governamental SOS Habitat - Acção Solidária apelou nesta segunda-feira às instituições de justiça angolanas para que sejam respeitados os direitos humanos das mais de 15 mil pessoas desalojadas em decorrência da demolição de três mil casas pelo governo.


As autoridades informaram em comunicado que estão demolindo casas "construídas ilegalmente" na zona do Camama I, no município de Kilamba Kiaxi, com o objectivo de "desencorajar este tipo de atitude ilegal".

A SOS Habitat, em comunicado à imprensa, afirma que o "desalojamento forçado" viola os direitos humanos na medida em que ele ocorreu sem que as pessoas fossem realocadas.

 

O coordenador de direção da SOS Habitat, Luís Araújo, disse que as pessoas "estão ao relento, sem terem para onde ir".

O processo de demolição das casas envolve os serviços de fiscalização, militares das Forças Armadas, Polícia de Intervenção Rápida e da ordem pública, que segundo o administrador de Kilamba Kiaxi, José Correia, "agem de modo apropriado".