E Pelo menos 12 mil cidadãos
angolanos que se encontravam a viver na República Democrática do Congo (RDC)
regressaram ao país até às 18 horas desta quinta-feira, no âmbito do
repatriamento compulsivo realizado pelas autoridades migratórias deste país.
As localidades fronteiriças
do Luvo (Mbanza-Kongo), Pedra de Feitiço (Soyo), (Kuimba) e a sede municipal do
Nóqui, província do Zaire, são as principais "portas" que os
congoleses democráticos estão a utilizar para expulsar os angolanos que há vários
anos residiam legalmente neste país da África central.
O governador do Zaire, Pedro
Sebastião, deslocou-se às localidades onde se encontram concentrados os
Angolanos vindos da RDC, designadamente
Mama Rosa (Luvo), Pedra de Feitiço (Soyo) e na vila fronteiriça do Nóqui.
Pedro Sebastião pediu, na
ocasião, calma para os angolanos recém-chegados e garantiu que o Governo já
está a mobilizar meios para acudir as familias, que todos os dias cruzam a
fronteira comum entre Angola e a RDC.
Integraram ainda a comitiva,
o governador do Zaire, Pedro Sebastião, o vice-ministro dos Transportes, José
João Kuvingwa, e altos funcionários do Ministério da Assistência e Reinserção
Social.
E vice-governador da
província do Uige Nazário Vilhena mostra
- se preocupado com as condições de alojamento das famílias devido as chuvas
Vice-governador da província
do Uige Nazario Vilhema da província do Uige
manifesta preocupação com as condições de alojamento das famílias
expulsas da RDC.
E o Comandante Geral da
polícia acautela os cidadãos Angolanos a não optarem por retaliações sobre
qualquer cidadão do Congo democrático que resida em Angola. O Comandante da
Polícia Nacional adverte que qualquer acção deste género pode ser passível de
sanção policial.
As declarações surgem na
sequência de rumores que apontavam para eventuais represálias sobre cidadãos
congoleses em Luanda.
Entretanto especialista em
construção de paz e resolução de conflitos afirma que a melhor forma de gerir conflitos
é pela via do diálogo. Estas declarações foram ouvidas durante uma
formação sobre esta matéria hoje terminada aqui em Luanda.
E o padre Pio Wacusanga
pensa que Angola não prepara para acolher os angolanos que estão a ser expulsos
da república do Congo.
Uma delegação do Ministério
da Assistência e Reinserção Social (MINARS), encabeçada pelo seu titular, João
Baptista Kussumua, deslocou-se
(sexta-feira) a comuna fronteiriça do Luvo para avaliar a situação
destes angolanos.