O Presidente Executivo da TAP, Fernando Pinto, disse que uma possível fusão da TAP com as congéneres angolana TAAG e brasileira TAM é "um conceito com algum sentido", mas que "ainda não é o momento para ser concretizado".
"Tem razões estratégicas, seria uma empresa muito forte, mas por enquanto é só um conceito que nasceu, não sabemos onde, mas na actual situação de mercado não vemos que seja o momento. Contudo, acho uma boa ideia", salientou.
Fernando Pinto proferiu estas declarações à Agência Lusa, no final do seminário sobre Reestruturação do Sistema de Transporte Aéreo de Angola, organizado pelo Ministério dos Transportes angolano.
Relativamente à reestruturação em curso na TAAG, considerou que a TAP deu uma "pequena contribuição" na preparação do regresso da TAAG aos céus da Europa.
Fernando Pinto disse que a companhia aérea angolana, TAAG, precisa "dar mais atenção aos detalhes" para a sua saída definitiva da "lista negra" da União Europeia.
Em Julho de 2007, os aviões da TAAG foram proibidos de sobrevoar o espaço aéreo da Europa, depois de detectadas falhas no seu sistema de segurança por técnicos franceses, tendo apenas este ano voltado a voar parcialmente para a Europa, sendo Lisboa o único destino autorizado nesta fase de transição e onde a companhia tem em curso uma profunda reestruturação.
Segundo Fernando Pinto, a TAP ajudou a sua congénere angolana a desenvolver o seu projecto que tem como objectivo retomar os voos para a Europa... Estas notícias surgem numa altura em que O ministro dos transportes angolano, Augusto Tomás, afirmou ontem em Luanda que a aspiração do governo é fazer do sector dos transportes aéreos do país "uma referência internacional".
Esta "aspiração de longo prazo" foi manifestada por Augusto Tomás durante o seminário que o seu ministério organizou em Luanda para analisar o processo de reestruturação em curso na TAAG, companhia angolana de bandeira, que conta com vários especialistas, incluindo o presidente da TAP, Fernando Pinto.