Martelo demolidor em acção na Capital, mais de cem casebres na Boavista serão deitados a baixo pela administração da Ingombota.
As autoridades administrativas do município da Ingombota, em Luanda, deram um prazo de oito dias aos cidadãos para a destruição de 107 casebres, montados recentemente, em zonas de risco na encosta da Boavista (imediações do Porto Comercial de Luanda e do Mercado Roque Santeiro).
Em declarações hoje à imprensa, o chefe de repartição municipal para os assuntos sociais, António Mateus dos Santos, disse que o prazo vigora a partir de segunda-feira, tendo em conta que os cidadãos em causa ergueram os casebres feitos de chapa e papelões, este ano, depois do último cadastramento no final do ano findo.
O responsável acrescentou, por outro lado, que muitos deles já haviam recebido casas no Zango, há mais de três anos. Entretanto, a administração da Ingombota iniciou quarta-feira com um processo de recenseamento das famílias residentes nas encostas do Miramar e da Boavista.
Até ao momento foram cadastrados cerca de 200 casebres, na sua maioria construídos com chapas, papelões ou adobes.
Calcula-se que mil famílias vivam em toda a encosta da Boavista (das imediações do Porto de Luanda ao mercado Roque Santeiro), algumas em casas de construção definitiva e outras em casebres de chapas e papelão, distribuídos pelos municípios da Ingombota e Sambizanga.
Segundo a Comissão Provincial de Protecção Civil, as últimas chuvas, em Luanda, causaram a morte de cinco pessoas, desaparecimento de outras duas e o desabamento de 30 residências.
