O comité provincial de Luanda do MPLA, dirigido pelo deputado Bento Bento, discordou com a transferência do dispensário anti-tuberculose da Maianga para o preventório do rocha pinto, antes de serem criadas as condições de trabalho dos médicos e atendimentos dos pacientes.
A insatisfação foi manifestada aos responsáveis do governo provincial de Luanda, durante uma auscultação solicitada pela representação do partido no poder, após ter tomado conhecimento que os funcionários da instituição e os doentes seriam enviados para contentores, sem água nem energia eléctrica.
Na terça-feira, 4, o governador de Luanda em exercício, Bento Soito, convocou os quadros da direcção provincial da comunicação social para que elaborassem um comunicado, onde fizessem vincar a posição do governo de Luanda contra a transferência dos serviços do dispensário anti-tuberculose e lepra.
No dia seguinte, 5 de Maio, o comunicado foi emitido pelos principais serviços noticiosos da rádio nacional de Angola e pela Angop alertando que "o governo provincial de Luanda decidiu manter em pleno funcionamento o dispensário anti-tuberculose e lepra, localizada no município da Maianga, cujo edifício está situado numa zona abrangida pelo programa de requalificação urbana da cidade.
A nota justificava que a decisão surge pelo facto de se constatar que o plano de descentralização e de tornar os serviços prestados pelo dispensário mais próximo está a ser, nesta fase, incapaz de atender a demanda dos casos.