Para o governo angolano é chegada a hora de acabar com os bairros de lata e os acessos precários.
O administrador informou que os empreiteiros são árabes e brevemente começarão a construir edifícios pré-fabricados de quatro pisos cada, em locais já identificados, para alojar os primeiros desalojados da comuna sede.
Se ainda se recorda, o administrador municipal do Sambizanga, José Tavares Ferreira, no dia 3 de Agosto de 2009 considerou, "péssimo o estado urbanístico da circunscrição, caracterizado por vários bairros de lata e acessos precários", tornando difícil a assistência social aos munícipes, por parte dos órgãos do Estado.
A autoridade anunciou ainda para aquele ano o início da requalificação do Sambizanga, a fim de dar-se maior dignidade e melhores condições aos munícipes.
Se o ouvinte achou que a requalificação anunciada fosse mera manobra de diversão política, enganou-se profundamente, porque pelo discurso actual do administrador do Sambizanga ela vai acontecer a qualquer altura.
O grande problema porém é o seguinte será que estão criadas as condições para reassentar as famílias que forem desalojadas neste processo? Ou voltaremos a ter mais gente ao relento, em tendas e muitos lares desarticuladas?
Vamos procurar compreender bem esta situação a partir da reportagem do Isidro Chiteculo.
Em conversa com o administrador do Sambizanga José Tavares falando acerca do processo de requalificação do seu município. Dentre outras palavras, podemos ler nas entre linhas que o governante anunciou o pontapé de saída para a requalificação do Sambizanga ainda este ano.
Segundo o responsável, serão feitos dois tipos de realojamentos, sendo um externo que obrigará que os primeiros sejam transferidos para outros municípios, como o de Cacuaco, na zona do Panguila, e outro interno que serão apenas deslocações dos moradores de um bairro para outro, no mesmo município.
A comuna sede do Sambizanga desde a rua do Kikombo até a rotunda da Boavista será a primeira a beneficiar da requalificação, devido a elevada "desordem arquitectónica aí registada", seguida das comunas do Ngola Kiluanje e Bairro Operário.
Sem especificar datas para o início e o término das obras, confirmou a existência de verbas para a execução do projecto, que se pretende seja célere.