O Tribunal Provincial de Luanda, localizado no município da Ingombota, em Luanda, condenou nesta quarta-feira Nerika Ferreira Pires da Conceição Loureiro, a 17 anos de prisão efectiva, por ter morto o seu marido em Abril de 2010.
A sentença lida pelo juiz da causa Manuel António de Morais da 7ª secção de crimes, refere ter sido provado e procedente a autoria de um crime de homicídio voluntário, previsto e punível no artigo 340 do código civil penal, cuja moldura penal vai de 16 a 20 anos de prisão maior.
A condenada deverá pagar três milhões e 500 mil Kwanzas de indemnização e 70 mil Kwanzas de emolumentos ao estado.
Entretanto, os advogados de defesa de ambas as partes vão, num prazo não superior a cinco dias entrepor recurso ao Supremo Tribunal, no qual um dos lados pede a redução da pena, enquanto o outro vai pedir prisão maior, por considerar ser um crime de homicídio qualificado.
O julgamento iniciado em Janeiro com cinco sessões, foi interrompido uma vez devido à necessidade de realização de exames psiquiátricos, uma vez que o advogado da ré alegou que a mesma sofria de perturbações mentais, não provado de acordo com os exames realizados no Hospital Pediátrico de Luanda.
Nerika Loureiro, de 30 anos, é acusada de ter morto o esposo de 34 anos de idade, Lopo Loureiro, a 1 de Abril de 2010, no apartamento onde viviam no bairro Nova Vida, município do Kilamba Kiaxi, em Luanda.
Na altura, a Polícia foi alertada pela mãe da suposta criminosa que encontrou o corpo de Lopo Loureiro no apartamento onde vivia com a esposa, com vários golpes de arma branca.
Segundo as autoridades polícias, o homem sofreu mais de 10 golpes de tesoura e faca nas regiões do pescoço, tórax e abdómen, desconhecendo-se até ao momento, as razões do acontecido.
Nas suas diligências, a Polícia havia localizado a suposta autora do assassinato na portaria da Embaixada dos EUA, no Miramar, município da Ingombota, onde procurava refúgio, na companhia de dois filhos de pijama e sujos de sangue.