A greve dos enfermeiros que arrancou ontem, pode terminar dentro de duas horas, caso haja consenso entre os trabalhadores e a entidade empregadora. Segundo o Secretario geral adjunto do sindicato dos técnicos de enfermagem de Luanda António Afonso kileba, está agendada para às 14 horas de hoje uma reunião que contará com as presenças do Vice-Ministro da Saúde; a Directora Provincial e membros dos Sindicatos.
A mesma visa procurar os caminhos para que os profissionais de enfermagem possam regressar aos postos de trabalho.
António Kileba acusou elementos das repartições municipais da saúde de alguns Municípios de estarem a criar situações que podem concorrer para o agravamento da situação e prolongamento da greve.
Os populares começam a sentir cada mais os efeitos da greve dos enfermeiros de Luanda.
A greve dos enfermeiros teve uma adesão significativa, sustenta o sindicato da classe. A paralisação reivindica a efectivação de mais de cinco mil profissionais e melhores salários para os mais competentes.
O ministro lamentou que os dias definidos para a paralisação coincidissem com o início das negociações e sustenta que foram apresentadas alternativas para os contratos a prazo (através da sua renovação).
O sindicato aponta adesão total nos centros de saúde: A adesão à greve foi de 100 por cento nos centros de saúde e entre os 60 e os 80 por cento nos hospitais, disse um representante do Sindicato dos Enfermeiros. O Ministério da Saúde recusou fornecer os seus números relativos ao protesto dos enfermeiros.
Na ronda efectuada no município de Viana em mais de dez unidades hospitalares, por exemplo o centro de saúde da caoop C, que atende mais de 200 pessoas por dia, a escola 5 que o cenário não difere em termos de procura dos serviços de saúde, e a unidade do Luanda sul, a Ecclesia constatou a paralisação total dos serviços naquelas instituições.
Na maioria dos centros, os utentes que procuraram os serviços dos homens da seringa foram surpreendidas com a greve. Os populares ouvidos pela de confiança no centro do Luanda Sul dizem que a exiguidade de unidades sanitárias no município é notório, dai o apelo a resolução deste problema com maior celeridade.
Para o responsável do centro de saúde da Caoop C a situação poderá levar contornos alarmantes se não resolverem os seus problemas.
O responsável daquele centro lamentou o "impacto indesejado para os cidadãos" uma vez que só os blocos operatórios não registam interrupções. O sindicato espera que a tutela compreenda as razões dos enfermeiros e as pondere na altura das negociações.
A greve continua hoje quinta-feira, quando se realizará uma assembleia-geral para definir novas acções de contestação dos homens da seringa.