Aberta campanha de combate à pólio

vac_poli2A segunda fase da campanha de vacinação contra a poliomielite começa hoje em doze das dezoito províncias do país. A operação, que se prolonga até 1 de Abril, decorre sob o lema "Angola sem pólio depende de ti, depende de mim" e deve abranger cerca de seis milhões de crianças, anunciou ontem o Ministério da Saúde.

Num comunicado de imprensa, o Ministério da Saúde realça que o Governo está a redobrar esforços para erradicar a doença do país e esta campanha visa reforçar a proteção das crianças e prevenir a transmissão do vírus.

"Caso Angola complete no próximo mês de Julho um ano sem registar nenhum caso de poliomielite, vamos congratular-nos pelo resultado do esforço comungado por todas as forças vivas, incluindo os pais e encarregados de educação de crianças envolvidos nas acções de erradicação da doença", lê-se no mesmo documento.

Na primeira fase da campanha de vacinação contra a poliomielite, realizada entre os dias 2 e 4 de Março deste ano, apenas cinco por cento de crianças não foram vacinadas.

As províncias com maior índice de crianças não vacinadas durante a primeira fase da campanha foram as do Namibe, com 31 por cento, Kuando-Kubango, com 12 por cento, Luanda e Zaire com 9 por cento, Benguela com 7 por cento e Lunda-Norte com 6 por cento.

De acordo com os resultados da primeira fase, 33 por cento das crianças não abrangidas estavam ausentes durante a visita dos vacinadores, 31 por cento encontravam-se em locais não visitados e 21 por cento estavam sob cuidados de mães que desconheciam a campanha de vacinação contra a pólio.

Os resultados da primeira fase demonstram a necessidade do reforço da vacinação para garantir uma maior cobertura nas zonas consideradas de risco.

Segundo J.A. Por esta razão, nas próximas campanhas espera-se um maior envolvimento das administrações municipais, sobretudo na planificação dos recursos humanos, materiais e financeiros, e no acompanhamento de todo o processo.
Luanda, é uma das 12 províncias do país consideradas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como zona de risco de contágio da poliomielite, devido a falhas registadas nas campanhas anteriores de vacinação.