Falta de política de medicina tradicional reverte na dispersão de iniciativas

wdA inexistência de uma política sobre a medicina tradicional no país, a falta de articulação entre os praticantes destes serviços e a ausência de investigação, "resulta numa dispersão de iniciativas, não garantindo a segurança ética, bem como a eficácia da sua utilização", considerou segunda-feira, em Luanda, o Ministro de Estado, Carlos Feijó.

O responsável pela Casa Civil da Presidência da República, Carlos Feijó, apresentou a sua visão quando falava no acto de abertura da primeira conferência nacional de medicina tradicional, em representação do Chefe de Estado Angolano, José Eduardo dos Santos.


A Constituição, referiu, estabelece como uma das tarefas fundamentais do Estado, a promoção de práticas que permitam tornar universais e gratuitos os Cuidados Primários de Saúde, propiciando, deste modo, que outras políticas sejam enquadradas nas várias tipologias de atendimento abrangentes as populações, quer nas zonas rurais, como nos arredores das grandes cidades, onde diariamente já se promove cura, através da medicina tradicional.


Assim, considerou, "a política nacional sobre a medicina tradicional como de extrema importância transversal e estratégica, por constituir uma ferramenta fundamental, permitindo a valorização do terapeuta e garantindo o resgate das tradições do povo angolano como parte de seu património cultural", acrescentou.


Segundo Angop, o jurista avançou ainda que a política nacional de saúde, aprovada em 2010, reconhece que a medicina tradicional encontra-se num estado de organização ainda incipiente, pesar de que muitos pacientes recorrem a este sector.


Salientou que é conhecido o papel da medicina tradicional na prevenção, diagnóstico e tratamento de várias enfermidades em diferentes países do mundo, sendo reconhecido que cerca de 90 porcento dos fármacos utilizados, são oriundos de extratos vegetais.