O coordenador da comissão de moradores do Bairro Km 9 B em Viana diz que o sector que dirige não tem condições para acudir as populações locais e aponta o dedo à Administração Municipal.
Na edição passada do 100 Dúvidas noticiamos que um grupo de cidadãos, na composição de mais de cem elementos, havia escrito uma carta e endereçado à Comissão de Moradores, Administração Municipal de Viana, Governo Provincial de Luanda e Direcção da EDEL.
Na carta, a comunidade reclamava o facto de estar a ser vítima de um certo desprezo por parte das autoridades.
Ela apontava a falta de condições básicas como hospitais, luz, escolas, transportes e etc. Como evidência do abandono à que está vocacionada.
Porém, a referida carta que já foi enviada há muito tempo, até hoje não conheceu nenhuma resposta. Os munícipes revoltados procuraram pelo 100 Dúvidas para manifestarem o seu descontentamento.
Agora, será necessário perceber como é que os moradores estão a gerir a situação.
O José de Belém que tem acompanhado toda a movimentação acerca do assunto, traz-nos já a seguir outros pormenores na rubrica "A VOZ DO CIDADÃO".
Segundo o Jurista Fernando Macedo, a atitude do governo em não responder a comunidade é um acto que pode ser censurado.
O técnico das leis explica ainda que a comunidade não fez nada mais se não cumprir com o seu papel na chamada gestão participativa. Para Fernando Macedo, não existe qualquer manifesto do governo que denunciasse a existência de impropérios na carta.
O Presidente da Comissão de Moradores foi categórico nas respostas que concedeu à nossa equipa de reportagem. Pedro Simão de Castro disse que a vida daquela comunidade é uma lástima.
Confirmou ainda o facto de faltar quase tudo. As duas escolas precárias que servem a comunidade para além de não possuírem condições têm capacidade para albergar um reduzidíssimo número de alunos.
As dificuldades são inúmeras ao ponto da própria comissão de moradores usar uma das salas como gabinete de trabalho.
