Frequentemente são divulgadas notícias sobre crianças acusadas de feitiçaria em quase todo o país. É um fenómeno social que aos poucos está a ganhar corpo. Em consequência muitas crianças são maltratadas. Em Angola, juridicamente esta matéria é vista no quadro do direito costumeiro.
Numerosas crianças são agora acusadas de bruxaria e sofrem abusos e abandono.
Defensores dos direitos das crianças estimam que centenas de crianças tenham sido acusadas de feitiçaria e vivam nas ruas, depois de terem sido expulsas das suas casas e abandonadas pelas famílias, uma decisão muitas vezes motivada pelo facto de assim se tornar desnecessário continuar a alimentá-las ou cuidar delas.
A acusação de feitiçaria a crianças é mais uma das novas formas de exclusão e violência sobre a infância.
Nesta edição vamos procurar reflectir em tornos das possíveis soluções para travar este mal.
De igual modo procurar compreender qual tem sido o papel do Instituto Nacional da criança a luz dos onze compromissos da convenção da criança a senhora Elisa Gourgel da direcção provincial do INAC.
Para o feito convidamos ainda a coordenadora diocesana de Viana da Pastoral da criança senhora Isabel Cassessa.