Passam quase dois meses que aconteceram as demolições nos bairros do Iraque e Bagdad no Kilamba Kiaxi em Luanda, grande parte das pessoas que habitava naquela zona em que mais de quinze mil pessoas viram as suas casas serem deitadas a baixo, por ordens do governo da província de Luanda continua sem norte.
Dos escombros das casas nada mais resta. Trabalhadores chineses, estão encarregados de limpar a área, mas são alguns antigos moradores da zona que por ironia do destino, foram empregados para tomar conta de cada parcela de terra que agora passou para as mãos de outros donos.
Actualmente o lugar é praticamente deserto, sem qualquer sinal de ter sido habitado por tanta gente. Os antigos moradores, continuam a reflectir de forma triste sobre os vários prejuízos, que dizem ter abalado as suas vidas.
Durante a conversa com os antigos moradores do Iraque e Bagdad, soubemos que famílias que não tiveram melhor sorte, ficaram desintegradas e com o sentimento de frustração. A perda de investimentos a custo de muito esforço, foi das principais causas apontadas.
No Iraque, em Bagdad e no Mbondo chapéu muitos continuam tristes, mas a esperança de dias melhores continua. Dentro ou fora deles, a fé em Deus é a das maiores forças com que contam os nossos amigos, cujas vidas continuam, mas agora de forma diferente e curiosa. Por falta de emprego, muitos são agora guardas do espaço que um dia habitaram.
O sem dúvidas não esqueceu, e voltou a falar desses compatriotas, das suas vidas, dos seus sentimentos ou dos seus anseios. No terreno esteve o jornalista: José de Belém.
