Cidadãos voltam à carga e acusam a direcção do hospital Américo Boavida de os obrigar a esperar pelos parentes internados em plena via pública.

boaviaAs autoridades coloniais portuguesas, nos finais dos anos 60 haviam compreendido que era necessário dotar a universidade e o curso de medicina de um hospital universitário para ensinar a medicina clínica aos estudantes a partir do 3º ano e para prestar assistência médica de qualidade, minimamente compatível com as exigências e padrões requeridos para o ensino da medicina contemporânea.
Em Dezembro de 1968 o então hospital universitário de Luanda foi inaugurado oficialmente após ter sido construído e equipado exclusivamente para servir os desígnios universitários.

Os primeiros licenciados em medicina nesse hospital concluíram a sua formação no ano lectivo 1971/72.
Até 1976, o hospital universitário funcionou sempre sob a dependência da universidade; o primeiro director da faculdade de medicina, já no pós independência, o Dr. Eduardo Macedo dos santos, era também o director do hospital universitário.
Em 1976, através do decreto nº 73/76 de 17 de Julho, o hospital universitário foi extinto para dar origem ao actual hospital Américo Boavida, que é o resultado da fusão entre o antigo hospital universitário de Luanda, património da universidade, com o antigo hospital de s. Paulo, património do ministério da saúde.
A dramática pressão assistencial que se fazia sentir sobre o hospital Américo Boavida acentuou-se progressivamente e motivou uma acentuada degradação das suas instalações físicas, que a par da insuficiência de recursos financeiros e humanos tornou quase inviável o seu funcionamento.
Para revitalizar a referida unidade hospitalar e logo depois do mediático caso "Mingota", o ministro da saúde José Van-Dúnem, procedeu a algumas remodelações que incluíram a nomeação de um novo corpo directivo. Assim;

Constantina furtado machado foi empossada como directora-geral do hospital "Américo Boavida, enquanto Maria Antunes, responde pela secção clínica.

Ao passo que, António Matemba foi investido no cargo de director de enfermagem e Silva Mário Cardoso como director administrativo da instituição.

Mesmo assim, as reclamações quanto ao funcionamento do hospital que existe desde 1976 não reduziram. Depois de na edição de terça-feira passada os cidadãos terem reclamado de mau atendimento, surgem agora outras denúncias.

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Mesmo em presença destes factos, o nosso discurso não se altera. Continuamos a aguardar por dias melhores para o Américo Boavida, que também já ajudou muita gente a recuperar o seu estado de saúde. Porém, será necessário um investimento muito sério para que ele acuda ao pedido de socorro das populações.

A resposta dada na edição da terça-feira passada pela direcção do hospital, muito nos alegra, porque ela prometeu melhorar as condições. Vamos aguardar por uma reacção positiva.
Este é o desejo do 100 dúvidas.