O meio campista Kaká e o atacante Robinho são os únicos sobreviventes da Copa de 2006 na Alemanha presentes na selecção do Brasil que hoje (terça-feira) estreia-se na África do Sul, contra a Coreia do Norte, para o grupo G, no estádio Ellis Park, em Joanesburgo.
Longe de constituir consenso na crítica brasileira especializada e muito menos ao nível do público amante do futebol, a selecção formada pelo técnico Dunga é totalmente renovada e não integra os "ídolos" do futebol brasileiro capazes de produzir o futebol "mágico" que fazem do país da América do Sul um caso ímpar.
Contra todas as expectativas de boa parte de cidadãos brasileiros, Dunga optou por uma selecção que na sua óptica oferece garantias de futebol pragmático, centrado numa base defensiva e de ataque apoiado, decisão que acabou dividindo a nação do futebol.
As ausências de jogadores como Ronaldinho Gaúcho, Neimar, Paulo Henriques e Adriano, são fortemente reclamadas pelos amantes do futebol espectáculo, mas Dunga resolveu renovar a selecção quase por completo fazendo de Kaká e Robinho os únicos sobreviventes do mundial de 2006 na Alemanha, em que foram eliminados nos quarto-de-finais.
Kaká foi o melhor jogador do mundo em 2007, segundo a FIFA, e vencedor da Bola de Ouro do mesmo ano numa indicação da revista francesa France Football.
Ricardo Izecson dos Santos Leite, ou simplesmente Kaká, foi contratado em 2009 pelo Real Madrid por uma quantia milionária. Nascido a 22 de Abril de 1982 (28 anos), em Brasília, é o protótipo de jogador que os espectadores gostam, juntando talentos como criatividade, espectáculo e eficácia.
Já Robinho é o menino pródigo que rodou o mundo, passando pela Espanha e Inglaterra, mas acabou por voltar à casa para junto da sua "galera" e do seu clube de formação, o Santos FC.
Robson de Sousa, ou apenas Robinho, deixou em 2005 o Santos seduzido pelo Real Madrid e pouco depois assinou pelo Manchester City. Nascido aos 25 de Janeiro de 1984 (26 anos) possui um futebol alegre, mágico até, que transporta o amante da modalidade para um mundo onde a fantasia e a eficácia se confundem.
Robinho, actualmente a melhor unidade do ataque dos penta-campeões mundiais, deixou o profissionalismo na Europa e, no seu regresso à terra natal, já foi indicado melhor jogador da Copa América época 2009.