Pela primeira vez na história do prêmio de melhor do mundo da Fifa, um atual campeão mundial não vence o título em ano de Copa. E o autor da façanha foi o argentino Lionel Messi. Com jogadas brilhantes e muitos gols, o atacante ganhou o troféu pela segunda vez seguida e desbancou Xavi e Iniesta, companheiros de Barcelona e campeões mundiais pela Espanha na África do Sul.
O prêmio da Fifa em ano de Copa sempre foi para um representante da seleção que levou a melhor. Romário (1994), Zidane (1998), Ronaldo (2002) e Cannavaro (2006) faturaram o troféu nas últimas edições meses depois de suas seleções atingirem o primeiro lugar.
Mas dois fatores contaram para a quebra da escrita. O primeiro foi o próprio estilo de jogo da Espanha. A equipe de Vicente del Bosque conquistou sua primeira Copa graças a um espírito coletivo muito forte, de muitas trocas de passes e um jogo envolvente. No entanto, não houve um destaque individual.
Outra razão foi a junção dos prêmios da Fifa e da Bola de Ouro, da France Football, que culminou na Bola de Ouro Fifa 2011. Messi é seu primeiro vencedor. A publicação elege o melhor jogador que atua na Europa desde 1956. A entidade, por sua vez, criou em 1991 o título de melhor do mundo.
Historicamente, o prêmio da France Football sempre teve um caráter mais técnico, já que era decidido por jornalistas. Já o troféu da Fifa dera em suas edições anteriores um peso maior à Copa do Mundo.
Em 2009, último antes da unificação, Messi faturou tanto o prêmio da Fifa como o da France Football. E, na última temporada, contou com atuações pelo Barcelona dignas de um craque de primeiro nível para comemorar mais uma vez a honraria individual.
Nem mesmo sua aparição apenas regular na Copa do Mundo foi capaz de estragar sua festa. Ele fez, no máximo, bons jogos na África do Sul. Mais que isso, a Argentina caiu nas quartas de final ao ser goleada pela Alemanha. Messi, porém, ficou acima de todo esse cenário.
Marta é praticamente "sócia" da Fifa. Quando vai à Suíça ao fim de uma temporada volta premiada. Foi assim nos últimos quatro anos, foi assim nesta segunda-feira. A brasileira foi eleita pela quinta vez consecutiva a melhor jogadora do mundo. Seguiu mais uma vez um ritual que já se tornou rotineiro para ela, mas que neste ano teve um fato novo: a alemã Birgit Prinz, novamente derrotada, quebrou o protocolo e criticou o modelo de votação.