Gustavo Ferrín, selecionador de Angola, não se mostra muito preocupado com o desempenho dos Palancas Negras no jogo com a Gâmbia, que terminou com um empate a uma bola.
Após o jogo houve tempo para meditar, para se criticar o que correu menos bem, mas sobretudo, diz o treinador, olhar para o que de bom fez a Seleção. Assim, Ferrín considera que foi de bom nível o rendimento na primeira parte e natural a fraca produção no segundo tempo, já que nesta fase de preparação os jogadores têm sido sujeitos a cargas muito intensas.
«Foi pena não termos ganho este encontro. Por tudo o que a equipa produziu em campo, merecia-o, sem dúvida», começou por dizer Ferrín.
De seguida, o treinador explicou o já referido desgaste que se viu nos jogadores no segundo tempo: «Têm sido intensos os dias de trabalho no Lubango. Nesta fase é importante que as cargas sejam altas e por isso no segundo tempo os atletas ressentiram-se disso mesmo. É evidente que queríamos ganhar, mas agora há coisas mais importantes, como o consolidar de processos. Sinto que os jogadores estão mais próximos daquilo que pretendemos, que têm já uma maior capacidade de pressionar o adversário logo à saída da área contrário e era isso mesmo que pretendíamos.»
Do que Ferrín não tem dúvidas é que é obrigatório melhorar a eficácia da equipa: «Criámos muitas oportunidades de golo e isso acaba por ser positivo. Estou certo que com mais dias de trabalho melhoraremos bastante no capítulo da finalização.»
Ferrín explicou ainda que os treinos continuarão a ser duros, que nesta fase terá mesmo de ser assim. Mas tudo mudará quando chegarem a Angola os convocados que actuam em equipas estrangeiras, já que esses estão a competir e por isso precisam apenas de trabalhar os aspectos tácticos.
Também por isso o seleccionador não se mostra preocupado com o desempenho dos jogadores neste encontro frente à Gâmbia, que acabou por ser um teste que Ferrín considera «positivo, com alguns ensinamentos importantes para os jogadores mais jovens».