Pela primeira vez, em quatro participações, o avançado angolano Manucho Gonçalves terminou um Campeonato Africano das Nações (CAN) sem marcar qualquer golo.
Depois de ter feito “gosto” ao pé em 2008 (Ghana), 2010 (Angola) e 2012 (Guiné Equatorial e Gabão), o atleta ficou em “branco” este ano, na África do Sul.
Manucho estreou-se em 2008, depois de ter sido várias vezes dispensado da selecção, no mandato de Oliveira Gonçalves, fazendo dupla com Flávio Amado no ataque.
Marcou logo na estreia de Angola, no empate frente a África do Sul (1-1) e voltou a faze-lo, desta vez dois tentos, na segunda jornada na vitória sobre o Senegal (3-1). Nos quartos-de-final, fase que Angola atingiu pela primeira vez, apontou um dos melhores golos da competição na derrota diante do Egipto (1-2).
Dois anos depois, em Angola, já era uma referência no continente e, a jogar em casa, esperava-se muito dele. Marcou no empate a quatro bolas com o Mali, no jogo de abertura, e bisou na ronda seguinte na vitória sobre o Malawi (2-0), terminando a prova com dois tentos.
Na 28ª edição, na organização conjunta Guiné Equatorial e Gabão, Manucho Gonçalves voltou a evidenciar a sua veia goleadora com três golos, sagrando-se melhor marcador, com o mesmo número de tentos que o marroquino Houssine Kharja, o gabonês Pierre Aubameyang, o zambiano Chris Katongo e o Ivoirense Didier Drogba.
Marcou na primeira jornada frente ao Burkina Faso, em que Angola venceu por 2-1, e fez dois na ronda seguinte no empate com o Sudão (2-2).
Na presente edição em três jogos, tendo disputado os 270 minutos, não apontou qualquer golo. Angola não passou da fase de grupos.
Com 29 anos de idade, Mateus Alberto Contreiras “Manucho Gonçalves” é a principal referência ofensiva da selecção nacional e capitão. Actua no Valladolid de Espanha e já representou clubes como Manchester United (Inglaterra) e Panathinaikos (Grécia).