Os ministros dos Assunto Religiosos dos países-membros da União do Magrebe Árabe (UMA) manifestaram a sua preocupação pelo que chamaram de «perigo da situação de segurança » resultante do terrorismo islâmico na sub-região.
Numa declaração publicada no fim de uma reunião sobre a questão decorrida de 24 a 24 de setembro corrente em Nouakchott, capital da Mauritânia, os governantes magrebinos reconhecem que o terrorismo islâmico já "fez correr muito sangue".
Sob o lema «Islão sunita equilibrado e seu papel na imunização intelectual das sociedades do magrebe contra o extremismo», o encontro de Nouakchott permitiu ter uma visão comum para uma abordagem unificada e eficiente sobre o fenómeno da "derrapagem moral e intelectual" que representa o extremismo que está na origem do terrorismo islâmico.
Segundo a declaração, a reunião reconheceu que o terrorismo islâmico compromete o desenvolvimento de muitos países, pelo que insistiu na necessidade de os estudiosos e os líderes religiosos da sub-região trabalharem juntos "para imunizar as sociedades do magrebe com conceitos religiosos justos, fundados num bom conhecimento do rito malekita".
Desde há alguns anos, o terrorismo islâmico está na origem de uma situação de segurança preocupante no Magrebe, no espaço sahelo-sariano e na África Ocidental, regiões marcadas por diversas formas de tráficos e crimes transfronteiriços, pela tomada de reféns e pela ocupação do norte do Mali, entre outros fenómenos.
Os países da União do Magrebe Árabe são a Argéria, a Líbia, Marrocos, a Mauritânia e a Tunísia.
Panapress