Já houve debates televisivos que mudaram o curso das eleições americanas; um dos exemplos é o sempre citado embate entre Kennedy e Nixon. Mas, habitualmente nos Estados Unidos, as sondagens não reflectem grandes alterações após estes encontros.
Mesmo assim, é enorme a expectativa em torno do confronto entre Mitt Romney e Barack Obama, esta noite, na Universidade de Denver, no Colorado, até porque as últimas estimativas apontam para uma diferença de apenas três pontos, com vantagem para Obama.
O analista político Michael Tanner afirma que “não são dos melhores candidatos que o país já teve, em termos de debates. O actual presidente é muito controlado, costuma orientar-se por factos, apresenta vários números. Mas também se pode irritar, tornar-se provocador. Não gosta de ser desafiado, sobretudo se o confrontarem com questões de pormenor. Evitar isso é um dos seus grandes desafios.”
Como é da tradição, as votações já arrancaram no Ohio, um dos chamados “swing states”, que pode inclinar-se para qualquer um dos candidatos. Em 2008, os votos antecipatórios favoreceram Obama, daí que a campanha democrata arrisque e incite os eleitores do Ohio a anunciar quem escolheram.