A Comissão de Trabalhadores (CT) da Lusa foi recebida por Miguel Relvas, ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, que confirmou ser intenção do Governo cortar um montante de 30% no contrato-programa para 2013 entre o Estado e a agência, que será de 10,8 milhões de euros.
O contrato anterior previa um financiamento anual de 15 milhões de euros, e a administração da agência havia apresentado, no início do ano, um plano de reestruturação que previa uma redução de 15% no financiamento da Lusa, com a administração a garantir à CT que não haveria lugar a despedimentos.
Os trabalhadores da agência foram informados esta quarta-feira numa reunião plenária das intenções do Governo e reagiram rejeitando "liminarmente qualquer redução arbitrária das verbas destinadas a compensar o contrato programa do Estado com a Lusa, numa lógica exclusivamente economicista", exigindo ainda que "as verbas para a agência apenas sejam definidas em função do pagamento dos custos em que a empresa incorre pelo serviço público que lhe cabe assegurar", de acordo com o texto de uma resolução aprovada por unanimidade pelo plenário.
Os trabalhadores da Lusa mandataram o Sindicato dos Jornalistas, a Comissão de Trabalhadores e o Conselho de Redação para "solicitarem audiências com caráter de urgência ao Presidente da República, à presidente da Assembleia da República, ao ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, ao ministro das Finanças, à Comissão parlamentar de Ética, Sociedade e Comunicação e aos grupos parlamentares para lhes expor as posições dos trabalhadores da Lusa".
Em paralelo, a assembleia decidiu ainda solicitar aos sindicatos que representam os trabalhadores da Lusa "a emissão imediata de um pré-aviso de
A resolução prevê ainda a realização de um novo plenário de trabalhadores no próximo dia 9, a realizar no piso em que se encontra a funcionar a administração da empresa, "para fazer o ponto da situação e marcar datas da
Na exposição de argumentos a levar aos vários órgãos do Estado, os trabalhadores da Lusa sublinharam "o papel estratégico" e "insubstituível" da agência: "fazer chegar a todo o mundo as posições de Portugal, a forma e o sentir do povo português e difundir a língua e a cultura nacionais no mundo".