As autoridades marroquinas decidiram retirar a credencial de um jornalista do escritório da Agência France Presse (AFP) em Rabat, Omar Brouksy, ao questionar sua cobertura, quinta-feira, das eleições legislativas parciais em Tanger (norte).
A decisão foi tomada em represália por uma reportagem que continha uma frase na qual o jornalista mencionava a participação nas eleições de candidatos "ligados à casa real", explicou o ministro da Comunicação, Mustapha el-Khalfi, ao escritório da AFP.
Os candidatos concorriam pelo Partido Autenticidade e Modernidade (PAM), fundado por Fouad Ali El Himma, ligado ao rei.
Khalfi negou a existência do vínculo citado pelo texto.
O director de informação da AFP, Philippe Massonnet, reagiu e disse esperar que as autoridades marroquinas recuem na decisão.