A União Europeia (UE) vai sancionar 28 partidários do Presidente sírio e duas sociedades, no âmbito do seu 20.º pacote de sanções contra o regime de Damasco, referiram hoje fontes diplomáticas citadas pela agência noticiosa AFP.
"Foi alcançado hoje um acordo" entre os embaixadores dos 27 países europeus sobre este novo conjunto de "medidas restritivas" que ainda devem ser oficialmente ratificadas pelos ministros dos Negócios Estrangeiros na sua reunião de segunda-feira no Luxemburgo, precisou a mesma fonte.
A UE deverá congelar na segunda-feira os bens de 28 pessoas acusadas de envolvimento na violência contra a oposição síria e a população civil, e de duas sociedades suspeitas de terem adquirido armas e material utilizado na repressão, precisou um diplomata europeu à AFP.
As 28 pessoas envolvidas, cuja identidade não foi revelada, serão igualmente impedidas de se deslocarem aos países da UE.
Em paralelo, a UE vai proibir a compra de armas à Síria, ou o seu transporte para países terceiros, com o objetivo de privar o regime de Damasco de eventuais fontes de financiamento, foi ainda revelado.
A UE já decretou o embargo às armas e ao petróleo sírio, e ainda um conjunto de sanções comerciais e financeiras, para além do congelamento dos bens de 53 sociedades e administrações e de 155 membros do regime ou próximos, a quem também foi negada a emissão de vistos.
Na véspera da reunião do Luxemburgo, os ministros europeus devem jantar com o seu homólogo russo Serguei Lavrov. O 'dossier' sírio estará no centro das discussões, ao lado do Irão e das relações bilaterais UE-Rússia.
Até ao momento, todos os esforços para encontrar um acordo na ONU sobre eventuais sanções contra Damasco depararam-se com o veto da Rússia e da China, membros permanentes do Conselho de Segurança.
Lusa