Um diplomata saudita foi morto nesta quarta-feira por homens armados, que também mataram seu guarda-costas, em Sanaa, confirmou o Ministério saudita das Relações Exteriores.
O diplomata, que fazia parte do setor militar da embaixada da Arábia Saudita, foi morto no bairro de Hadda, no sul da capital, que abriga a chancelaria e muitas embaixadas, indicou uma fonte diplomática em Sanaa.
Homens com uniformes das forças de segurança do Iêmen abriram fogo contra o carro do diplomata, que capotou. O diplomata morreu no local, assim como o seu segurança, um policial iemenita, de acordo com a mesma fonte.
O assassinato não foi reivindicado.
Em Riad, o Ministério das Relações Exteriores indicou que "um funcionário do setor militar da embaixada, sargento Khaled Chbeikan Al-Anzi, foi morto juntamente com seu guarda-costas por homens armados desconhecidos".
O comunicado do ministério, citado pela agência oficial SPA, acrescenta que "as autoridades iemenitas, em coordenação com o embaixador da Arábia Saudita, iniciaram uma investigação para determinar as circunstâncias do crime e encontrar os autores".
Há dois meses, uma explosão ocorreu perto da embaixada da Arábia Saudita, sem causar vítimas.
Um diplomata saudita foi sequestrado no final de março em Aden, e ainda está nas mãos da Al-Qaeda, que exige que as autoridades sauditas atendam as suas exigências.
Sanaa tem sido palco de muitos assassinatos de policiais e de membros do Exército, atribuídos pelas autoridades à Al-Qaeda.
Em 11 de outubro, um comandante da segurança do Iêmen na embaixada dos Estados Unidos em Sanaa foi assassinado em plena luz do dia na capital.
Em 20 de novembro, as autoridades americanas haviam pedido que seus cidadãos não viajassem para o Iêmen ou deixassem o país devido ao nível de insegurança.
A Al-Qaeda na Península Arábica (AQAP), criada em janeiro de 2009 a partir da fusão dos ramos saudita e iemenita da Al-Qaeda após os duros golpes contra a rede na Arábia Saudita, é particularmente ativa no sul e no leste do país, mas também actua na capital.