Depois dos confrontos de rua, a tensão aumenta no Egipto entre apoiantes e detratores do presidente Mohamed Morsi.
Pelo menos duas pessoas terão morrido na sequência das escaramuças entre os dois campos frente ao palácio presidencial, uma notícia que levou três conselheiros presidenciais a apresentarem demissão.
Uma manifestação de apoio promovida pela Irmandade Muçulmana coincidiu, frente ao palácio presidencial, com um contra-protesto organizado por vários partidos da oposição de esquerda.
Os opositores a Morsi acusam os membros da Irmandade Muçulmana de terem dado início aos confrontos, depois terem destruído várias tendas montadas pelos manifestantes.
Reunida no Cairo em torno de uma “Frente de Salvação Nacional”, liderada por Mohamed El-Baradei, a oposição exigiu que o presidente inicie negociações, suspendendo o decreto constitucional e adiando a data do referendo ao novo projeto de constitucional.
O chefe de estado rejeitava até agora voltar atrás no polémico decreto que reforça os poderes presidenciais, pelo menos até ao referendo de dia 15.