O porta-voz da antiga junta do Mali desmentiu, esta manhã, a existência de um golpe de Estado, no país, apesar da demissão forçado do primeiro-ministro.
Cheik Modibo Diarra foi detido, durante a noite, pelos militares, que o acusam de não respeitar os seus deveres de homem de Estado, e acabou por demitir-se: “O nosso país, o Mali, atravessa hoje o período mais difícil da sua história. E num momento de crise como este, os homens e as mulheres que se preocupam com o futuro da nossa nação, desejam uma situação de calma. É por isso que eu, Cheik Modibo Diarra, me demito com todo o meu governo, hoje, dia 11 de dezembro de 2012.”
A demissão do executivo aumenta a crise e a incerteza sobre o futuro do Mali, cujo norte está sob controlo de grupos rebeldes armados, alguns dos quais, islamitas ligados à Al-Qaeda, e isto desde o golpe de Estado de março.
Um dos argumentos de Amado Haya Sanogo, o chefe dos golpistas, está contra a intervenção militar estrangeira, pedida por Diarra, para fazer face aos rebeldes do norte do país.