As forças de segurança russas impediriam qualquer tentativa da oposição de organizar, com ajuda estrangeira, uma revolução na Rússia, declarou nesta terça-feira o secretário do Conselho de Segurança russo, Nikolai Patrushev.
"Não damos condições para uma 'revolução de cores' na Rússia, e não permitiremos que um roteiro como este seja escrito no nosso país", declarou Patrushev em entrevista ao diário popular Komsomolskaia Pravda.
Ele se referia à "Revolução das Rosas" da Geórgia em 2003 e à "Revolução Laranja" da Ucrânia em 2004, dois movimentos de contestação popular que levaram ao poder governos favoráveis ao ocidente nas ex-repúblicas soviéticas.
Estas "revoluções são importadas do exterior e o roteiro cuidadosamente afinado por especialistas ocidentais", afirmou Patrushev, um ex-diretor do FSB (ex KGB).
Ele acusou também a oposição russa, que organiza regularmente manifestações de protesto contra o presidente Vladimir Putin, de "minar a situação política do país" em prol de "organizadores estrangeiros".
Patrushev saiu em defesa das recentes leis que castigam duramente a participação nas manifestações não autorizadas e qualificou de "agentes do exterior" às ONG que recebem fundos de outros países.
"São medidas necessárias com o objetivo de manter a estabilidade" e "garantir a segurança da população russa", completou.
O Kremlin acusou diversas vezes à oposição de receber dinheiro estrangeiro.