Pela primeira vez na história da outrora segregacionista Carolina do Sul (sudeste), um negro irá representar aquele estado no Senado americano, após a nomeação, nesta terça-feira, de Tim Scott pela governadora Nikki Haley.
Tim Scott será o primeiro senador negro a representar este estado, onde a segregação entre brancos e negros se estendeu legalmente até os anos 1960, e será o sétimo negro na história desta câmara legislativa.
"Hoje é um dia histórico e estou orgulhosa", disse Hale, durante entrevista coletiva em Columbia, capital do estado.
Um dos senadores atuais pela Carolina do Sul, Jim DeMint renunciou em dezembro para se dedicar a dirigir um centro de reflexão conservador, a Heritage Foundation, o que deu à governadora o poder para designar seu sucessor até que se celebre uma eleição especial em 2014.
"Este é um dia que esperamos longamente nos Estados Unidos e estou muito orgulhosa de tê-lo vivido", declarou o outro senador do estado, Lindsey Graham.
Com 47 anos, Scott é actualmente membro da Câmara de Representantes e o vinculam aos ultraconservadores do "Tea Party".
"Nosso problema, senhoras e senhores, são os gastos. Não temos problemas de ingressos fiscais", declarou Scott esta segunda-feira,
Criado por uma mãe divorciada, mau aluno, Tim Scott atribuiu seu êxito a um encarregado da rede Chick-fil-A, John Moniz, que lhe transmitiu valores conservadores.
Quando assumir o cargo em Janeiro, ele se tornará o primeiro integrante negro do Senado actual.
Os negros são mais numerosos na Câmara de Deputados, onde ocupam 42 cadeiras. Quase todos (40) são democratas.