Norman Schwarzkopf, o general que comandou as forças norte-americanas na Guerra do Golfo de 1991, morreu esta quinta-feira na sua casa em Tampa, Florida, EUA. Tinha 78 anos.
Veterano da guerra do Vietname, Schwarzkopf comandou mais de 540 mil soldados dos Estados Unidos da América e 200 mil aliados na guerra de seis semanas que expulsou o exército do Presidente iraquiano Saddam Hussein do Kuwait em 1991 - uma guerra que ficou conhecida por Tempestade no Deserto. Uma vitória que muitos especialistas consideraram um dos maiores feitos da história militar dos EUA.
Num comunicado da Casa Branca, o Presidente Barack Obama referiu-se a Schwarzkopf como um "americano genuíno" cujo "legado vai perdurar numa nação que é mais segura graças ao seu serviço patriótico”.
O antigo Presidente George Bush, que construiu a coligação internacional contra o Iraque depois de Saddam ter invadido o Kuwait, fez saber, numa nota divulgada pelo seu porta-voz, que ele e a sua mulher “lamentam a perda de um verdadeiro patriota e um dos melhores líderes militares da sua geração”. Bush está hospitalizado na unidade de cuidados intensivos de um hospital de Houston (Texas), onde deu entrada há mais de um mês com uma bronquite.
O militar teve uma carreira de 34 anos e estava retirado. Nasceu em 1934 em Nova Jérsia e, em 1988, foi nomeado general chefe do Comando Central dos EUA. Três anos depois, viveu, com a Tempestade no Deserto, o momento mais brilhante da sua carreira militar. No conflito morreram 482 soldados aliados e entre 20 mil e 35 mil iraquianos.
Apesar de ter recebido muitas solicitações para entrar na vida política após a vitória aliada na primeira Guerra do Golfo, Schwarzkopf recusou, o que, para a opinião pública, foi mais uma decisão que confirmou o seu estatuto de genuíno herói americano.
O general Colin Powell, que fez a operação Tempestade no Deserto junto de Schwarzkopf - este sim tentou a carreira política e chegou a ser secretário de Estado do filho de George Bush, George W. Bush - disse que perdeu "um amigo" e que os EUA perderam "um herói". Era o militar mais prestigiado depois de Dwight D. Eisenhower e nd Douglas MacArthur
Morreu de complicações derivadas de uma pneumonia, anunciou a sua irmã, Ruth Barenbaum, citada pelo jornal The New York Times. Em 1993 tinha-lhe sido diagnosticado cancro na próstata, mas curara-se.