O presidente sírio, Bashar al-Assad, afirmou neste domingo que o mortífero conflito que já deixou milhares de mortos na Síria não é entre seu regime e a oposição, mas entre a Síria e seus inimigos, que, segundo ele, querem a divisão do país, em um discurso transmitido pela rede de televisão oficial.
Em seu primeiro discurso público em sete meses, Assad afirmou que este conflito, que, segundo a ONU, deixou mais de 60.000 mortos, não é enfrentado entre "o poder e a oposição, mas entre a pátria e seus inimigos, o povo e seus assassinos", e acrescentou que alguns deles querem dividir a nação.
O presidente fez estas declarações tendo como cenário a Casa de Cultura e das Artes, no centro de Damasco, onde chegou sob os aplausos de centenas de pessoas que gritavam "Por nossa alma e por nosso sangue, nós nos sacrificaremos por ti!".
Atrás do presidente havia uma enorme bandeira síria composta por vários rostos.
Desde a explosão, em março de 2011, de uma revolta popular contra o poder que depois se transformou em guerra civil, o regime de Damasco equipara os rebeldes e opositores a terroristas armados e financiados pelo exterior, e denuncia uma conspiração contra a Síria.