As negociações para pôr fim ao conflito armado na República Centro-Africana devem arrancar até ao final da semana.
O encontro entre representantes do grupo rebelde Seleka, forças da oposição e a delegação governamental estava inicialmente agendado para este segunda-feira, mas acabou por ser adiado. Por razões desconhecidas, o avião que transportava os representantes do governo só aterrou no Gabão, país mediador, esta terça-feira.
Por resolver está ainda uma das exigências feitas pelos rebeldes para se sentarem à mesa das negociações: a demissão do chefe de Estado, François Bozizé que recusa abandonar o cargo.
A delegação governamental desvaloriza a questão:
“Tanto o governo como a oposição ou os rebeldes lutaram para dotar o país de uma Constituição, atualmente, respeitada por todas as pessoas. E é a partir desta base que vamos negociar. Acredito, tendo em conta as pessoas envolvidas, que os argumentos apresentados pelo governo vão triunfar” afirma o líder da delegação governamental, Willy Biro Sako.
Os rebeldes que acusam o presidente de não cumprir os acordos assinados no passado assumem desde dezembro o controlo de várias regiões e estão atualmente, a cerca de 300 quilómetros de Bangui, capital da República Centro-Africana.
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