As chuvas provocaram a morte de 35 pessoas desde Outubro em Moçambique, onde a previsão de agravamento da situação atmosférica faz temer a subida das águas do rio Limpopo em zonas ribeirinhas de cinco distritos da província de Gaza, no sul do país.
Os distritos de Mabalane, Guijá, Chókwè, Chibuto e Xai Xai são os mais ameaçados, segundo informações da Direcção Nacional de Águas, citada pela imprensa moçambicana.
Treze das mortes registadas desde o início da época das chuvas ocorreram já em Janeiro, segundo dados do Conselho Coordenador de Gestão de Calamidades, citados pela agência AIM.
A maior parte foram provocadas por arrastamento, principalmente de crianças, afogamento na travessia de rios, desabamento de casas, electrocução, descargas eléctricas e ataques de crocodilos, segundo a ministra da administração estatal, Carmelita Namachulua. O mau tempo deixou já centenas de pessoas desalojadas e o número total de afectados ronda os 37 mil – segundo um balanço divulgado pelo correspondente da RDP África.
A subida das águas do Limpopo está a ser provocada por chuvas, nalguns casos fortes, que se registam em países a montante. Informações divulgadas pela Rádio Moçambique indicam que um sistema de baixas pressões está a causar chuvas moderadas a fortes, principalmente na África do Sul, mas também no Sul do Zimbabwé, na Suazilândia e nas províncias moçambicanas de Maputo, Gaza e no sul de Inhambane. Os rios Save, Zambeze e Púnguè também são motivo de preocupação.
“A situação poderá ser alarmante se não nos precavermos, mas também é controlável, se continuarmos em prontidão, para que menos gente seja afectada. Neste momento, todos as instituições do Estado estão em prontidão”, afirmou Carmelita Namachulua, que é também vice-presidente do Conselho Coordenador de Gestão de Calamidades , citada pela estação moçambicana.
As inundações são uma situação frequente em Moçambique. Os seus efeitos são por vezes agravados devido a problemas de ordenamento do território.