O grupo de extrema-esquerda turco que reivindicou o atentado de há uma semana contra a embaixada americana em Ancara se desculpou nesta sexta-feira por ter ferido gravemente uma jornalista, mas não expressou arrependimento pela morte de um agente de segurança turco.
"Nós nos desculpamos por este ferimento involuntário a jornalista Didem Tuncay e sua família, assim como ante nosso povo e os trabalhadores da imprensa", afirmou o DHKP-C em um comunicado difundido no site Halkin Sesi (A voz do povo).
A jornalista de 38 anos se achava num dos portões de entrada da representação diplomática quando um camicase do Partido Frente Revolucionária de Libertação do Povo (DHKP-C) se fez explodir.
O DHKP-C não expressou pesar pelo agente de segurança turco de 46 anos que morreu no atentado, afirmando que ele mereceu seu destino "por ter trabalhado por 20 anos para os Estados Unidos".
"Era um inimigo do povo", insistiu o grupo.
O DHKP-C, considerado uma organização terrorista pela Turquia e outros países, é o autor de inúmeras ações violentas no território turco desde o final dos anos 1970.