Os tremores secundários dificultavam as operações de socorro nesta sexta-feira nas Ilhas Salomão, após o violento terremoto de 8 graus de magnitude que atingiu na quarta-feira este arquipélago do Oceano Pacífico, deixando ao menos treze mortos, muitos desaparecidos e provocando um tsunami.
Um movimento telúrico de magnitude 6,6 foi registrado na noite de quinta-feira, o último de uma série que causou danos no aeroporto da ilha de Ndende, onde dezenas de casas foram arrastadas pelo maremoto, que invadiu o território por 500 metros.
Cerca de 20 aldeias foram varridas do mapa pela onda e 6.000 pessoas perderam suas casas em Ndende, que forma parte destas ilhas do Pacífico situadas ao nível do mar.
"Primeiro pensamos que seriam bastante limitados, mas agora parece que os danos são muito grandes", explicou à AFP Sipuru Rove, porta-voz da agência de gestão de catástrofes naturais das Ilhas Salomão.
"Pode ser que precisemos de ajuda exterior", acrescentou, enquanto a Austrália começava a mobilizar meios financeiros e materiais.
Um porta-voz do gabinete do primeiro-ministro Gordon Lilo informou que 13 pessoas foram confirmadas mortas e muitas outras estão na lisa de desaparecidas, um balanço que tende a aumentar.
Já o chanceler da Austrália, Bob Carr, que anunciou uma ajuda de 300 mil dólares australianos (230 mil euros) e o envio de uma aeronave Hércules da aviação de seu país, visitará o local no próximo domingo.
As réplicas impedem que os moradores retornem as suas casas para salvar o que for possível, e atrapalham consideravelmente o envio de ajuda de emergência.