Em um dos ataques mais mortíferos da insurgência tailandesa, dezenas de homens fortemente armados atacaram uma base do exército nesta quarta-feira, informaram autoridades, uma ação que terminou com 16 militantes mortos.
No ataque ocorrido na manhã desta quarta-feira, 100 militantes vestidos com uniformes militares e armados com AK-47 e rifles de assalto M16, atacaram a unidade da província de Narathiwat, informou o comandante Somkiat Pholprayoon.
"Dezesseis militantes foram confirmados mortos após o ataque", disse Pholprayoon à imprensa no local, acrescentando que o exército e a polícia perseguiam os 60 a 70 militantes que fugiram da base após o ataque.
O governo expressou pesar pelas mortes, mas elogiou a operação militar, dizendo que o exército não teve escolha.
"O governo não tem uma política de uso da violência para lidar com os conflitos do sul, mas neste incidente (militantes) atacaram a base militar", afirmou o vice-primeiro-ministro, Chalerm Yubamrung, à imprensa em Bangcoc.
A insurgência tem lutado por uma maior autonomia para as províncias mais ao sul do país desde 2004, com tiroteios e bombardeios sendo registrados quase diariamente.
Mais de 5.500 pessoas já morreram, tanto budistas quando muçulmanas, no conflito.
Chalerm, que lidera o comitê especial do governo encarregado da violência no sul, propôs recentemente impor um toque de recolher em algumas áreas das províncias mais afetadas.
"Se impusermos um toque de recolher, os militantes terão mais dificuldade para entrar na área", afirmou.
Líderes religiosos se opuseram ao movimento, afirmando que a ação não fará nada para resolver os problemas subjacentes. O gabinete tailandês deverá discutir a proposta na sexta-feira.