O governo venezuelano publicou hoje as primeiras fotos do presidente Hugo Chávez desde que foi operado em Havana há mais de dois meses. Chávez aparece sorridente, ao lado das filhas. O líder venezuelano respira através de um tubo de traqueostomia.
Nas fotos, apresentadas numa mensagem dirigida à nação na televisão, Hugo Chávez aparece no hospital acompanhado pelas duas filhas mais velhas, Rosa Virginia e María Gabriela, com um exemplar do jornal oficial cubano Granma de quinta-feira.
Nas quatro imagens - muito parecidas entre si e fornecidas pelo ministro da Ciência e genro de Chávez, Jorge Arreaza -, o presidente é visto na cama do hospital, com um casaco desportivo fechado até pescoço, sorrindo. As duas filhas posam com ele ao lado da cama.
"Estas fotos dão-nos tranquilidade", explicou Arreaza numa mensagem transmitida de forma obrigatória por todas as redes de televisão e rádio do país.
A última vez em que os venezuelanos viram Hugo Chávez foi na manhã de 10 de dezembro no aeroporto de Maiquetía, em Caracas, onde se despediu com um "Hasta la vida siempre!", antes de partir para Cuba para ser submetido pela quarta vez a uma cirurgia para tratar um cancro.
Desde a operação, o governo divulgou periodicamente informações sobre o seu estado de saúde. Junto a Arreaza, o ministro da Comunicação, Ernesto Villegas, explicou que Chávez continua a apresentar um certo grau de insuficiência respiratória.
"Perante esta circunstância, que está a ser devidamente tratada, atualmente o comandante Chávez apresenta respiração através de cânula traqueal, que dificulta temporariamente a fala", disse.
No entanto, Chávez "permanece consciente com integridade das funções intelectuais, em estreita colaboração com sua equipa de governo e à frente das tarefas" do governo, acrescentou Villegas.
Hugo Chávez, reeleito em outubro, conta com uma autorização indefinida da Assembleia Nacional para permanecer em Cuba pelo tempo necessário até que se recupere.
Não se sabe a natureza ou a gravidade do cancro, que o levou a submeter-se a quatro cirurgias, além de quimioterapia e radioterapia, em tratamentos realizados quase exclusivamente em Cuba, onde goza de uma privacidade absoluta, acompanhado do seu aliado e amigo, o líder cubano Fidel Castro.
Lusa