Já são quase 900 mil os sírios que procuraram refúgio nos países vizinhos, em fuga à guerra civil que está a destruir o país há quase dois anos. O mais recente balanço do Alto Comissariado na ONU para os Refugiados dá conta de 857.712 pessoas, com a Jordânia a receber mais de 220 mil.
Os dados são do passado domingo e estão disponíveis no site oficial do alto comissariado liderado por António Guterres. Para além da Jordânia, que recebe 221.857 sírios, o Líbano e a Turquia são dois dos países mais receptivos, com 188.990 e 182.621, respectivamente. Seguem-se o Iraque, que já recebeu 92.523 sírios, e o Egipto, com 18.245.
Estes números já incluem os mais de 50 mil e os mais de 100 mil sírios que estão em contacto com o alto comissariado para serem registados como refugiados mas que ainda não têm direito a comida e cobertores. São números oficiais, que contabilizam as pessoas registadas e as que já iniciaram os procedimentos para o registo, mas deixam de foram muitos outros milhares, segundo organizações não-governamentais.
O gráfico disponível no site do organismo das Nações Unidas mostra a dimensão da crise humanitária: em Dezembro de 2011 (nove meses depois do início dos combates entre as forças do regime de Bashar al-Assad e os combatentes da oposição), oito mil sírios saíram do país contra a sua vontade, mas a partir de Fevereiro e Março de 2012, a curva das estatísticas tem subido para níveis alarmantes. Já este ano, e em apenas um mês – entre Janeiro e Fevereiro –, mais 153.476 sírios procuraram locais mais a salvo dos sangrentos combates na Síria.