Ativistas anti-caça de baleias pediram nesta quarta-feira para a Austrália enviar uma embarcação militar para o Oceano Antártico depois de um confronto em que disseram que um navio baleeiro japonês colidiu com dois dos seus navios de protesto, danificando sua embarcação principal.
"O Nisshin Maru abalroou o Steve Irwin e o Bob Barker, mas ambos os navios continuam a manter suas posições", disse Paul Watson, fundador da Sea Shepherd Conservation Society, que comanda os barcos de protesto, em um comunicado.
Watson também acusou o pessoal da guarda costeira japonesa de atirar granadas em seus navios de protesto durante um confronto nas águas geladas perto da Antártida e disse que o Bob Barker estava com água em sua sala de máquinas.
A Austrália afirmou que estava confirmando o relatório do incidente. Nem o governo japonês nem a autoridade baleeira responderam imediatamente ao relato da Sea Shepherd sobre o confronto.
O grupo Sea Shepherd já entrou em conflito com a frota japonesa por nove temporadas de caça no verão do hemisfério sul, e perdeu um de seus navios, o trimarã de alta velocidade Ady Gil, que afundou depois de colidir com um baleeiro em janeiro de 2010.
No mais recente incidente, os ativistas tentavam impedir um navio japonês de armazenamento de 8.000 toneladas de se reabastecer a partir de um navio-tanque quando a colisão ocorreu, contou o diretor da Sea Shepherd Bob Brown a jornalistas na cidade australiana de Melbourne.
O Japão introduziu a caça científica de baleias para contornar uma proibição da caça comercial sob uma moratória de 1986. O país argumenta que tem o direito de monitorar o impacto das baleias em sua indústria pesqueira.
Um tribunal de apelações norte-americano em dezembro emitiu uma liminar ordenando a Sea Shepherd e Paul Watson a não atacar fisicamente ou pôr em perigo cinco navios da frota baleeira japonesa.
Reuters