Ao menos 14 pessoas morreram e mais de 119 ficaram feridas após a explosão de duas bombas na cidade indiana de Hyderabad (sul) na tarde desta quinta-feira, indicou a polícia, que classificou o incidente de "ataque terrorista".
"Temos no total 14 mortos e 119 feridos, entre eles seis em estado crítico", declarou o ministro do Interior Sushil Kumar Shinde, numa coletiva de imprensa.
N.Rao, oficial de polícia de Hyderabad, confirmou o número de mortes, mas avaliou o número de mortos em 80.
Em balanço divulgado anteriormente, outra fonte policial havia anunciado que os atentados tinham deixado 20 mortos.
As duas bombas foram colocadas em bicicletas e explodiram na frente de um cinema e de um ponto de ônibus da cidade, em um distrito de maioria hindu, onde residem uma importante minoria muçulmana.
A cidade também abriga industrias especializadas em tecnologia da informação.
"É um ato covarde e os culpados não ficarão impunes", prometeu o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, convocando a população à calma.
O secretário indiano das Relações Exteriores, Ranjan Mathai, em visita a Washington, declarou que desconhece os responsáveis, mas não descartou um envolvimento estrangeiro.
"Não estou certo que há provas de terrorismo. Tivemos vários ataques inspirados e orquestrados a partir do exterior", declarou o ministro, sem mencionar explicitamente o Paquistão, país acusado pela Índia de fomentar ataques em seu território.
No hospital, as vítimas recebiam tratamento, enquanto familiares tentavam conseguir informações sobre a situação dos pacientes.
"As duas bombas estavam colocadas em diferentes bicicletas, e a distância entre elas era entre 100 e 150 metros", afirmou à imprensa o ministro a partir de Nova Délhi.
O ministro indicou que as autoridades indianas receberam "informações dos serviços de inteligência sobre a possibilidade de ataques, e esta informação foi compartilhada com outros Estados", sem fornecer mais detalhes.
Os atentados coincidem com a abertura de uma nova sessão parlamentar em Nova Delhi, e dias depois da execução do separatista Mohamed Afzal Guru.
Guru foi enforcado depois que o presidente indiano, Pranab Mukherjee, se negou a perdoá-lo.
Durante vários dias seguidos foi imposto um toque de recolher na região de maioria muçulmana da Caxemira indiana.
Apesar disso, várias manifestações foram registradas no país.