Cabo Verde desce um lugar no Índice de Desenvolvimento Humano

Cabo Verde desce um lugar no Índice de Desenvolvimento Humano

Cabo Verde desceu um lugar no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), ocupando agora o 132º lugar em 186 países avaliados no relatório anual do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), soube a PANA de fonte segura quinta-feira.

O arquipélago continua a figurar entre as nações consideradas de desenvolvimento humano médio, sendo o terceiro melhor classificado entre os países da comunidade lusófona, atrás de Portugal (43º) e do Brasil (85º) e à frente de Timor Leste (134º), de São Tomé e Príncipe (144º), de Angola (148º), da Guiné-Bissau (176º) e de Moçambique (185º).

O Índice de Desenvolvimento Humano foi desenvolvido em 1990 pelos economistas Amartya Sen e Mahbub ul Haq e é usado desde 1993 pelo PNUD no seu relatório anual.

A estatística é composta a partir de dados da expectativa de vida à nascença, educação e Produto Interno Bruto (PIB) per capita (como um indicador do padrão de vida) recolhidos a nível nacional.

Todos os anos, os países membros da ONU são classificados de acordo com essas informações.

O ranking está subdividido entre Desenvolvimento Humano Muito Elevado (do 1º lugar ao 47º), Desenvolvimento Humano Elevado (48º ao 94º), Desenvolvimento Humano Médio (95º ao 141º) e Desenvolvimento Humano Baixo (142º ao 186º).

O Relatório de Desenvolvimento Humano 2013 apresentado quinta-feira concluiu que os países do Sul, tendencialmente mais pobres, estão a desenvolver-se mais rapidamente do que os mais ricos, tornando o mundo “menos desigual”.

“Nunca na História as condições e as perspetivas de vida de tantas pessoas mudaram tão dramaticamente e tão rápido” e “pela primeira vez em séculos o Sul como um todo está a conduzir o crescimento económico e mudanças sociais”, adianta o documento.

Segundo o relatório, a Noruega, a Austrália e os Estados Unidos surgem são os países mais desenvolvidos, considerando indicadores económicos e sociais.

O documento sustenta ainda que instituições globais, como o Banco Mundial ou o Conselho de Segurança da ONU, estão "desligadas das novas realidades, sendo ainda dominados por países do Norte".