Chipre não tenciona sair do euro, disse nesta sexta-feira o Presidente. Nicos Anastasiades, garantindo que a situação está “controlada”, depois do acordo de resgate para evitar a bancarrota e reestruturar o sistema bancário.
“Não temos intenção de sair do euro”, afirmou Anastasiades, segundo a agência noticiosa CNA, numa conferência anual de funcionários públicos, em Nicósia. “De maneira alguma vamos fazer experiências com o futuro do país”, frisou.
O Presidente diz que foi evitado “o risco de bancarrota” e que “a situação está controlada”. Mas acusou os outros países da eurozona de “exigências sem precedentes que forçaram Chipre a tornar-se uma experiência”.
Chipre foi o primeiro país da zona euro onde, como condição para o empréstimo de 10 mil milhões de euros, foram impostas pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional restrições à circulação de capitais e limites aos levantamentos e transferências. Os clientes do Banco de Chipre e do banco Laiki com depósitos superiores a 100 mil euros perdem montantes que nalguns casos podem chegar aos 50%.
A declaração do Presidente foi feita um dia depois de, na quinta-feira, os bancos terem reaberto na ilha do Mediterrâneo, após um encerramento de quase duas semanas. Nesta sexta-feira, os bancos estão a trabalhar com aparente normalidade e não há informações sobre filas de clientes à espera para fazerem levantamentos.
A saída imediata de Chipre da moeda única já foi defendida, por exemplo, pelo Prémio Nobel da Economia Paul Krugman.