Um dia e meio depois de um grande deslizamento de terras que deixou 83 mineiros soterrados numa mina de cobre, no Tibete, a equipa de resgate ainda só conseguiu encontrar um corpo. Há cada vez menos esperança de que algum dos trabalhadores possa ter sobrevivido.
Na manhã de sexta-feira (madrugada em Lisboa), um pedaço de terra que cobria, em comprimento, três quilómetros deslizou por uma ladeira para uma zona de exploração mineira, a leste da capital tibetana, Lhasa, explorada pela China National Gold Group Corporation, uma das maiores empresas do sector na China. No interior da mina estavam 83 trabalhadores.
“Dada a amplitude do deslizamento de terras, as hipóteses de encontrar sobreviventes são escassas", disse à agência de notícias chinesa Xinhua um dos membros da equipa de resgate.
As autoridades chinesas enviaram 2000 homens para o local da mina, a leste da capital tibetana, Lhasa. As equipas estão, dia e noite, a passar a pente fino toda a zona, a 4600 metros de altitude.
O Presidente Xi Jinping, que se encontrava no Congo, numa visita oficial, e o primeiro-ministro, Li Keqiang, pediram “o máximo de esforço” para salvar as vítimas.
Na sexta-feira foi um dia negro para os mineiros chineses. No noroeste do país, uma explosão numa mina de carvão fez pelo menos 28 mortos, anunciaram as autoridades chinesas já na manhã de sábado, citadas pela agência estatal. Desse acidente, 13 escaparam com vida. As operações de resgate já terminaram e foi ordenada a abertura de um inquérito para apurar as causas da explosão.