O presidente dos Estados Unidos não vê possibilidade de as forças militares norte-americanas intervirem no conflito da Síria, apesar de reconhecer que não pode excluir qualquer cenário enquanto líder militar.
"Regra geral não excluo situações como líder militar, porque as circunstâncias mudam e quero ter a certeza que tenho sempre todo o poder dos Estados Unidos à nossa disposição para defender as necessidades americanas em termos de segurança nacional. Dito isto, não prevejo um cenário onde as botas americanas pisem terreno sírio", afirmou.
Barack Obama, que falava na Costa Rica respondia à especulação que tem vindo a crescer de que os EUA podiam estar a preparar-se para mudar a sua posição de não fornecer armas aos rebeldes sírios após a Casa Branca ter dito, na semana passada, que o regime do presidente Bashar al-Assad teria usado armas químicas contra o seu próprio povo.
Washington reagiu aos relatos de um "massacre" cometido na quinta-feira pelas forças do Presidente sírio em Bayda. "Os Estados Unidos estão horrorizados pelos terríveis relatos de mais de 100 mortos nos horríveis ataques à vila de Bayda, a 2 de Maio", uma cidade sunita no noroeste da Síria, disse num comunicado Jennifer Psaki, porta-voz do departamento de Estado norte-americano.
"Com base nessas informações, as forças do regime e as milícias chabbihas destruíram a zona com bombardeamentos e depois executaram famílias inteiras, incluindo mulheres e crianças", disse, condenando estas "atrocidades contra os civis", acrescentou.
Entretanto, no terreno, continuam as notícias de alegados massacres levados a cabo por forças leais ao regime de Bashar al-Assad.
A guerra civil na Síria já fez mais de 70 mil mortos em cerca de dois anos de conflito.