O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, determinou nesta quarta-feira a criação das 'milícias operárias', como parte de um corpo de defesa nacional formado pelo finado líder Hugo Chávez.
"Ordeno avançar, o mais rápido possível, com o estabelecimento e a organização das milícias operárias bolivarianas como parte das milícias nacionais".
O objectivo "é fortalecer a aliança operária-militar" e obter um maior respeito para a classe trabalhadora, disse o presidente em um ato de graduação na Universidade Bolivariana de Trabalhadores Jesús Rivero, em Caracas.
"Serão ainda mais respeitados se as milícias tiverem trezentos mil (...) um milhão, dois milhões de trabalhadores e trabalhadoras uniformizados e armados, preparados para a defensa da soberania (...) e da revolução".
As milícias bolivarianas foram criadas em 2005 pelo presidente Chávez como corpo de apoio às Forças Armadas para a defesa do país.
Actualmente, o efectivo da milícia é estimado em 130 mil homens.
O anúncio ocorre um mês após o início do mandato de Maduro e em um contexto de crise pós-eleitoral, com a contestação dos resultados de 14 de Abril, uma inflação crescente e uma escassez de bens básicos que o obriga a negociar com o sector privado para evitar o colapso económico.