Os protestos na Turquia já fizeram pelo menos dois mortos e centenas de feridos. Apesar da violência das manifestações, o primeiro-ministro não aceita compará-las às da Primavera Árabe.
Durante a noite, milhares de manifestantes bloqueram as ruas que dão acesso à praça Taskim. Um jovem de 22 anos morreu no hospital depois de ter sido atingido por uma bala.
"Abdullah Comert foi gravemente ferido por tiros disparados por uma pessoa não identificada", indicou a NTV, citando um comunicado do Governo da província de Hatay, perto da fronteira síria, ao acrescentar que o jovem morreu mais tarde no hospital.
Milhares de pessoas manifestaram-se esta noite em dezenas de cidades da Turquia pelo quinto dia consecutivo que ficou marcado por novos confrontos entre a polícia e os manifestantes.
Uma das mais importantes confederações sindicais turcas apelou a uma greve de dois dias a partir de hoje para denunciar o recurso à violência pelo Estado contra os manifestantes.
Os protestos, com origem num movimento de contestação contra um projecto imobiliário que implica a destruição de um parque no centro de Istambul, transformou-se num vasto movimento anti-AKP (o partido no poder na Turquia) após a repressão brutal das primeiras manifestações pela polícia.
O Governo turco confronta-se há quase uma semana com a mais forte contestação à sua autoridade desde que assumiu o poder, em 2002.