Preocupada com as consequências na Síria, nomeadamente com o aumento do número de refugiados, o ACNUR está a “encorajar alguns países a pensarem na política de realojamento como uma forma de ajudar”.
A revelação foi feita à rádio TSF por Adrian Edwards, porta-voz do ACNUR. Apesar de estimar que mais de 1,6 milhões de sírios fugiram da guerra, que começou em Março de 2011, este processo de “realojamento” deve envolver um número reduzido de pessoas.
“O realojamento é feito pelos países e não pelo ACNUR. O que fazemos é escolher as pessoas que vão ser acolhidas. O realojamento só se aplica a pessoas que estão em situações muito vulneráveis e não é um procedimento que se faça com grandes números de pessoas. Em todas as situações de emergência o realojamento foi pequeno”, assegura Adrian Edwards.
Mas para tal é também necessário que os refugiados estejam receptivos, sendo que, esclarece o porta-voz do ACNUR, “a grande maioria dos refugiados prefere ficar nos países vizinhos porque isso lhes permite regressar depressa quando o conflito acaba”.
Prova disso, salientou, é o facto de estarmos “a ver muita gente a regressar da Jordânia quase diariamente”.
Este é um processo que está no seu início, com diálogos com o Parlamento Europeu e alguns Estados, desconhecendo Adrian Edwards se Portugal está incluído.