A justiça espanhola está a investigar mais de 300 pessoas, a maioria detentoras de cargos públicos, por processos de corrupção em vários pontos do país que representaram perdas de mais de 1.200 milhões de euros, segundo a imprensa espanhola.
O jornal El Economista apresenta o balanço na sua edição de hoje, considerando que "não há semana em Espanha que não saia à luz um novo caso de corrupção vinculado a dinheiro público".
Desvio de fundos públicos, branqueamento de capitais, burla e corrupção estão entre os principais crimes a ser atualmente investigados em todas as comunidades autónomas.
O de maior dimensão relaciona-se com uma rede de pagamento ilegal de indemnizações na Andaluzia que ao longo de uma década terá sido responsável pelo desvio de 712 milhões de euros.
O jornal refere ainda os casos de alegada burla na Catalunha, o mega processo conhecido como Malaya, em, Marbelha, e outros processos, como o que envolve o ex-tesoureiro do PP Luis Bárcenas e o ex-presidente da patronal espanhola (CEOE) Gerardo Diaz Ferran.
Casos envolvendo familiares do rei, incluindo o genro Iñaki Urdangarin, e o mega processo conhecido como Gurtel, que envolve vários ex-dirigentes do PP, estão entre os que estão a ser investigados.
Entre os processos, há 144 que envolvem dirigentes ou cargos públicos do PP e mais 112 do PSOE.
A região autónoma mais afetada é a Andaluzia, com 89 casos (quase um terço do total).