A organização não-governamental Human Rights Watch (HRW) pediu às autoridades brasileiras que promovam uma "investigação imparcial" da repressão dos protestos nos últimos dias em São Paulo e outras cidades do Brasil.
"As autoridades devem restabelecer a ordem quando os protestos são violentos, mas isso não as autoriza a violar os direitos dos manifestantes ou a ficarem impunes se forma demasiado longe", afirmou o director da HRW para as Américas, José Miguel Vivanco.
Dezenas de cidades brasileiras viveram na segunda-feira uma nova vaga de manifestações, nas que se calcula que tenham participado cerca de 250 mil pessoas, para protestar contra o aumento do preço dos transportes públicos e a despesa pública na competição futebolística Taça das Confederações
O bilhete de autocarro em São Paulo passou de três reais (1,02 euros) para 3,2 reais (1,09 euros), o que provocou fortes protestos nas ruas da maior metrópole do país, onde o salário mínimo é de 678 reais (232 euros).
A HRW soma-se a outras organizações, como a Amnistia Internacional, que na semana passada expressou a sua preocupação pelo aumento da força da repressão policial dos protestos, bem como pela detenção de periodistas.
Lusa